Compartilhando reflexões...

Foto do Museu da Língua Portuguesa/Estação da Luz-SP, com o texto propositadamente desfocado: "Quem não vê bem uma palavra Não pode ver bem uma alma" (Meus amigos com DV "peço licença poética" mas é Fernando Pessoa!)

Desculpem-me mas hoje não tem receita,

Nem minha nem alheia...

Os ingredientes estão por aí, todo mundo pode ver:

Nos jornais, rádios e tv!

Mas quem reuniu isso tudo, e fez aquela "mistura"

... por vezes difícil de entender... tava era na rua!

Saiu detrás da tv, de notes, ipads, iphones...

Acordou? Ou descobriu que pode?!

Fazer a diferença, ser um todo e não só um?!

Que existe lá fora, além do google earth: O MUNDO!!! 

E que é ainda mais real, mais que 3D, full HD, (mais sei lá o quê)

Que é de calor humano! Mas também é de arder...

Com spray de pimenta... e de chorar com gás lacrimogênio,

E com o que não queríamos ter visto: sangue e incêndios!

Foi preciso sentir tudo isso para redescobrir a cartolina!

A palavra manuscrita!!!

Há tempos trocada pela não dita e a apenas teclada, cortada e encolhida...

Hoje não tem receita, pois mesmo com tantos ingredientes

Não há como descrever, ordenar, se quer recomendar, o Modo de fazer

Hoje não tem receita, tem desabafo, reflexão e tem crítica

Mas vejam, no meio disso tudo, tem também poesia!!!

Inspirada na crônica/poesia de Gabriel Camões: 

"Hoje eu vim me desculpar com vocês. Talvez eu conte até dez. 
Tente relaxar. Massageie os pés. 
Respire fundo. Para tentar saborear cada segundo dessa rotina que me consome. 
Se não a gente some... 
Quem sabe até fazer uma música com o zumbido caótico dessa cidade em que vivo?
Ou pintar um quadro com o sangue dos que tem morrido? 
Já nado há tanto tempo num mar de contradições que já não sei se consigo discernir as ondas certas das ondas erradas. 
O que ainda sei é que estou no meio de uma guerra. Mas de que lado? 
Neste caso não é como num triângulo ou num quadrado, que você enxerga bem todos os lados.
Aqui você não enxerga o formato com clareza e a visão exige mais sutileza. 
É como ver feiura na beleza."Continue lendo...