Já é sabido que tenho vivido bons momentos aqui em Brasília, assim sendo, as inspirações são as mais diversas. O soneto a seguir por exemplo, surgiu depois de uma conversa, na hora do almoço, com os colegas do trabalho. Era algo sobre procurar não se aborrecer, buscar se alegrar sempre, ou ao menos não se deixar abater, e se queixar tanto e de tudo, por isso o chamei de:
Soneto ao bom humor
Não lamento muito
e pouco reclamo
por vezes até minto
não gostando tanto
o fato é que sinto
que quanto mais valorizamos
e maior o afinco
no que está incomodando
menos espaço abrimos
para o que há de bom
que vem chegando
E assim nos fechamos
renegamos o dom
de estar sempre se renovando!
Outro tema recorrente (como eu falei outro dia, que volta e meia torno a falar sobre) é o ato e/ou hábito de escrever:
Escrevo porque preciso
Se o faço é porque penso
que é necessário fazê-lo
Por pra fora todo apreço
que tenho vivido
escolhendo palavras a dedo
Para resultar bonito
e mostrar o zelo
que tenho para com isso!
(Acho que ele ainda está incompleto, mas como pra mim já diz muito, quis compartilhar...), e esse, que a princípio teria sido "instigado" por um depoimento de Ferreira Goullart, que me foi contado pela minha prima, em que ele afirma:
"que escreve para se livrar da emoção"
Já eu escrevo, também para registrar
guardar além do coração
Como se já não ficasse
gravada toda emoção
que se vive quando se está disposto
a ser feliz em mansidão
Como se já não fosse
suficiente no coração
e tudo o mais que volta à mente
capturado pela minuciosa visão
Atenta a detalhes
a cada gesto das mãos
Como se não ficasse
na boca o sabor da gostosa sensação
Sentida em todos os poros
em todo canto por onde latejante
corria a circulação
Como se eu pudesse
esquecer do jasmim
de cheiro doce
que tornava por fim
ainda mais marcante a ocasião!
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