O Sentido do olfato sempre foi o meu mais aguçado, diz-se que é o mais relacionado a memória! Assim, este espaço é de registro de momentos poéticos e de boas receitas!
quinta-feira, janeiro 20, 2011
Bons momentos!
Soneto ao bom humor
Não lamento muito
e pouco reclamo
por vezes até minto
não gostando tanto
o fato é que sinto
que quanto mais valorizamos
e maior o afinco
no que está incomodando
menos espaço abrimos
para o que há de bom
que vem chegando
E assim nos fechamos
renegamos o dom
de estar sempre se renovando!
Outro tema recorrente (como eu falei outro dia, que volta e meia torno a falar sobre) é o ato e/ou hábito de escrever:
Escrevo porque preciso
Se o faço é porque penso
que é necessário fazê-lo
Por pra fora todo apreço
que tenho vivido
escolhendo palavras a dedo
Para resultar bonito
e mostrar o zelo
que tenho para com isso!
(Acho que ele ainda está incompleto, mas como pra mim já diz muito, quis compartilhar...), e esse, que a princípio teria sido "instigado" por um depoimento de Ferreira Goullart, que me foi contado pela minha prima, em que ele afirma:
"que escreve para se livrar da emoção"
Já eu escrevo, também para registrar
guardar além do coração
Como se já não ficasse
gravada toda emoção
que se vive quando se está disposto
a ser feliz em mansidão
Como se já não fosse
suficiente no coração
e tudo o mais que volta à mente
capturado pela minuciosa visão
Atenta a detalhes
a cada gesto das mãos
Como se não ficasse
na boca o sabor da gostosa sensação
Sentida em todos os poros
em todo canto por onde latejante
corria a circulação
Como se eu pudesse
esquecer do jasmim
de cheiro doce
que tornava por fim
ainda mais marcante a ocasião!
segunda-feira, janeiro 17, 2011
Ai a idade!
Vermelho é o batom

Que nunca tive coragem
de usar
Vermelho é o tom
Da maça do rosto
ao envergonhar
Vermelho é o som
Do coração selvagem
a palpitar
Vermelho, se amor é bom
Como também o é
se apaixonar
Vermelha ou marrom
O melhor da maquiagem
É a hora de tirar!
segunda-feira, janeiro 10, 2011
Faz sol em Brasília!
Depois da quinta que me pareceu o dia mais chuvoso da semana, na sexta passada, quando acordei com o sol na janela, quase não acreditei!
Então me lembrei deste soneto, que havia feito numa semana bem semelhante do ano passado:
Dias nublados
Amanhecem e findam
Nesta semana infinita...
No início deprimiam
Me deixavam aflita
A chuva era pesada
No guarda-chuva não cabia
Me deixava molhada
E um pouco arredia
Agora o sol até brilha
Nesta sexta-feira arrastada
O fim de semana anuncia
Dias de festa ou calmaria
Na casa nova alugada
Sei que é tudo alegria
A noite daquele dia de mormaço, foi estrelada e com uma lua minguante linda, que parecia sorrir para os noivos, queridos amigos novos de Brasília.
Sábado não quis ser menos e nos brindou com um gostoso dia de sol, para o churrasco da turma do novo trabalho.
Domingo seguiu a mesma linha, mas dessa vez optei por ficar no meu cantinho: cozinhar, arrumar os armários e outras coisas na casa, para liberar as energias de 2010 e receber as novas de 2011, ouvindo boa música (a programação da Nova Brasil FM estava incrível!).
Estava tão leve e feliz, com tudo isso que tenho vivido, que escrevi:
É tanto que sinto
que não sei por onde
devo começar
Agora, quando reflito,
procurando olhar adiante
e continuar...
Vejo ainda mais que não minto
ao dizer: estou contente!
Por cada escolha
que aqui me trouxe
de coração e mente
(exatamente)
onde eu queria estar!
quinta-feira, janeiro 06, 2011
Pão Fogasa da Vó - Receita pra depois das festas de fim de ano!
Perdoem a demora: esse período de festividades e a tentativa de reduzir as saudades (minha irmã caçula foi embora hoje, depois de 10 dias comigo em Bsb e já estou sentindo falta...) realmente me mobilizou nos últimos dias...
Mas pra começar o ano com "chave de ouro", uma receita e um poema de família!
A receita, passada pela matriarca da minha família paterna: Vó Clélia, já há alguns anos é tradicional nas festas de natal. Mas pode "cair como uma luva" pra quem não sabe mais o que fazer com as castanhas e frutas secas, que sobraram das festividades, e/ou também para as formiguinhas que não perdem a oportunidade de fazer um docinho (ainda mais agora que os ingredientes básicos do recheio, estão com preços ótimos!)
Pão Fogasa da Vó
(rende 3 a 4 pães)
Ingredientes da massa:
3 xícaras de farinha de trigo
1 xícara de leite
1/2 xícara de óleo
2 de colheres de sopa de açúcar
1 colher de sopa de fermento em pó
1 pitada de sal
Ingredientes do recheio:
obrigatório: 1/3 xícara de açúcar com canela (4/1)
De acordo com as preferências: Goiabada, bananada, ou marmelada e;
Passas, e/ou castanhas, e/ou nozes, e/ou frutas cristalizadas etc...
Ingredientes da cobertura:
2/3 de xícara de açúcar com 1 colher de sopa de água
(deve ser preparado antes de começar a massa, para que o açúcar esteja bem diluído, mas com textura de calda)
Modo de preparar:
Misture, com uma colher de pau, todos os ingredientes secos numa tigela; acrescente (fazendo um buraco no meio) os líquidos;
Dispense a colher, e sobre uma superfície lisa, que não seja muito fria (preferencialmente madeira ou fórmica, pois as de pedra podem atrapalhar a fermentação) passe a amassar a massa com as mãos, formando uma bola;
Divida a massa em 4, e com um rolo, passe a abrir a primeira tendendo ao formato oval de cerca de 20x6 cm;
No meio mas mais próximo de uma das extremidades, de maior extensão (deixando uma aba para cobrir o recheio para facilitar na hora de enrolar), espalhe a canela com o açúcar e passe a rechear com a combinação escolhida;
Enrole o pão (que ficará semelhante a uma baguete) e coloque 2 a 2, em um tabuleiro untado com manteiga e farinha;
Sobre eles espalhe com cuidado a calda de açúcar e decore com umas passas e/ou castanhas, de modo a sinalizar qual o recheio cada um contém!
Asse em fogo médio pré-aquecido por volta de 20 minutos (se preferir crocante e sequinho, como um biscoito, deixe por mais tempo);
Deixe esfriar e está pronto pra servir!
Para harmonizar com a receita não sei que bebida sugerir, lá em casa amamos de qualquer jeito! rs... Mas tenho uma ótima sugestão de leitura: um poema escrito pelo meu paizinho, sobre "nada mais nada menos" que:
O pão nosso daquele dia!
Nunca esquecerei aquele dia!
Aos 9 anos de idade.
Saindo do trabalho.
No caminho pra casa.
Parei na padaria.
Com meu primeiro salário.
Comprei pão e leite.
Suficiente para o lanche da tarde.
Que com 5 irmãos dividiria.
De orgulho me enchi.
Por isso nunca esqueci.
De minha alegria de ter
Levado o pão daquele dia!
Bom apetite!